Ensaio sobre meio ambiente e os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) no Brasil

  • Alessandra Galli Aprá Escola Superior de Advocacia do Paraná
  • Beatriz Cobbo de Lara Centro Universitário Unibrasil
Palavras-chave: Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), Transgênicos, Biossegurança

Resumo

Tendo em vista a complexidade da manipulação, comercialização, pesquisa e uso dos organismos geneticamente modificados (OGMs), o presente ensaio pretende apresentar uma reflexão crítica acerca do assunto. A partir de uma postura prudente, são apresentadas informações que se prestam a intermediar o embate entre o radicalismo extremado daqueles que são contrários aos organismos geneticamente modificados e a benevolência da permissividade científica dos que dizem sim aos transgênicos a qualquer custo e independente dos potenciais “riscos e macroperigos” (BECK) deles decorrentes, como se eles fossem a panaceia para todos os males atuais e futuros. Diante da relevância do patrimônio genético enquanto garantia da vida, da saúde e da segurança da população, objetivou-se evidenciar a tutela dispensada pelo ordenamento jurídico brasileiro – em especial pelo Direito (Socio)Ambiental e pelo Direito do Consumidor – a partir da avaliação ordenada por ordem cronológica das principais normas atinentes aos organismos geneticamente modificados no contexto da atual sociedade de risco. Como não há uniformidade de entendimento quanto à potencialidade danosa dos organismos geneticamente modificados, para que se consolide sua gestão ética e responsável deve ser aplicado o princípio da precaução – partindo-se da constatação de que o mero risco pode ser potencializado com o tempo, motivo pelo qual ele não pode ser negligenciado sob pena de se gerar prejuízos futuros, que podem ser irreparáveis. Destaque ainda para o papel da Educação Ambiental não apenas enquanto formadora da consciência pública dos consumidores acerca dos OGMs, mas também porque ela pode ser um instrumento de fomento e fortalecimento da ciência por intermédio da tecnologia geradora de inovação, pesquisa e conhecimentos técnico-científicos sérios e imparciais. Analisou-se, ainda, a efetividade do princípio da responsabilidade – nos âmbitos penal, civil e administrativo. A metodologia
empregada foi a descritiva do tipo mista (quantitativa e qualitativa) em que se voltou a pesquisa para análises sistemáticas da doutrina, das normas, da jurisprudência correlata, assim como a análise documental e bibliográfica no âmbito da realidade dos OGMs no Brasil.

Biografia do Autor

Alessandra Galli Aprá, Escola Superior de Advocacia do Paraná

Advogada; Doutora em Tecnologia e Desenvolvimento pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Mestre em Direito Econômico e Social – linha de pesquisa de Direitos Socioambientais – e Especialista em Direito Socioambiental, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR). Professora do Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), da Escola da Magistratura do Paraná (EMAP) e da Escola Superior de Advocacia do Paraná (ESA/PR). E-mail: profealegalliapra@gmail.com Curriculum Vitae disponível em:<http://buscatextual.cnpq.br/ buscatextual/visualizacv.do?id=K4715425U3>.

Beatriz Cobbo de Lara, Centro Universitário Unibrasil

Advogada. Mestranda em Direitos Fundamentais e Democracia pelo Centro Universitário Unibrasil (2018/2020). Especialista em Direito Civil pela LFG. Especialista em Direito Público pela Escola da Magistratura Federal do Paraná (ESMAFE). Especialista em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná (EMAP). Especialista em Direito Tributário pela Universidade Positivo (UP). Especialista em Diplomacia e Relações internacionais pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA). E-mail: beatrizde.lara@hotmail.com

Publicado
01-07-2017